ABSTRACT
INTRODUÇÃO: Programas de controle da transmissão vetorial e transfusional da doença de Chagas alcançaram sucesso no Brasil, Chile e Uruguai, porém, a transmissão congênita vem demonstrando importância crescente e pode ocorrer em 71% dos recém-nascidos de mães com infecção aguda durante a gravidez e em 1,6% na fase crônica de doença. A migração de mulheres em idade fértil de outros países da América Latina para o Brasil pode aumentar a incidência da transmissão vertical no País, justificando a necessidade de acompanhamento médico adequado em mulheres grávidas e tratamento imediato de crianças com infecção congênita, já que são altas as taxas de cura. Os objetivos do estudo foram estimar a prevalência da doença em mulheres com idade fértil da Comunidade Hispana Armênia, informar e esclarecer dúvidas a respeito da doença. MÉTODO: Depois de realizada a coleta de 5 ml de sangue, em tubo ativador de coágulo com gel separador, de cada voluntária, o diagnóstico da doença de Chagas foi estabelecido por dois testes sorológicos de imunofluorescência indireta e um teste imunoenzimático - ELISA indireto. RESULTADOS: Das 84 coletas realizadas, quatro resultados foram excluídos, por serem de mulheres menopausadas. De 80 amostras analisadas, duas apresentaram resultado positivo para doença de Chagas. CONCLUSÃO: Conclui-se que na comunidade estudada, a preocupação com a transmissão vertical da doença de Chagas é baixa, o que não exclui a necessidade de implementar programas de saúde pública que contemplem orientação, esclarecimentos contínuos, a triagem de rotina em gestantes e recém-nascidos, assegurando assim, a detecção e tratamento de casos agudos e crônicos. (AU)